quinta-feira, 6 de agosto de 2009

eu aprendi.

Um periódico de circulação nacional promoveu uma pesquisa bastante interessante. Fizeram a seguinte pergunta para pessoas em todo Brasil : O que você aprendeu na sua vida, de mais valioso, até hoje? As respostas foram, na maioria, bastante ricas, e convidam a muitas reflexões necessárias. Uma delas dizia: Aprendi que, não importa quanto eu queira, nem quanto tente: eu não consigo mudar ninguém. As pessoas são o que elas são. É preciso amá-las por sua verdade, não pelo que eu gostaria que fossem. Entendi isso aos 70 anos, na missa de minhas bodas de ouro. A pessoa entrevistada, na época da pesquisa, já contava com 83 anos, e mostrava que nunca é tarde para se aprender algo importante na existência. Nosso compromisso de mudança é conosco mesmo. Tentar mudar o outro só nos traz frustração profunda, e possível malquerença mútua. Outra pessoa inquirida, dizia: Aprendi que o sorriso é contagiante. Não espero ninguém me cumprimentar; faço questão de saudar todo mundo com um sorriso, todos os dias. É incrível, mas até as pessoas tímidas ou sisudas sorriem de volta e falam bom dia. Posturas como essas são posturas que irão salvar o mundo da tristeza, do sofrimento, dos comportamentos depressivos, das doenças. Tomar a iniciativa é fundamental. Não esperar o sorriso do outro e sempre sorrir, nos faz agentes da alegria na sociedade. Outro entrevistado, ainda, afirmava: Aprendi que as coisas são sempre piores na nossa cabeça do que na realidade. Sofria demais por antecedência, imaginando “e se” isso, “e se” aquilo. Quando acontecia, não era nada demais. O pior já havia passado, e foi dentro de mim. Quantas vítimas tem feito a nossa ansiedade... Quantas enfermidades geradas pelo comportamento ansioso do mundo moderno. Entender que a preocupação excessiva não resolve, faz-se fundamental para poder se levar uma vida mais leve, mais agradável. É indispensável confiar em Deus, em Suas Leis , na perfeição do Universo. Fazer a nossa parte, sim, e confiar. Confiar sempre, pois o que é melhor para nós sempre acontece. * * * De tempos em tempos, precisamos nos perguntar: O que de importante aprendi? O aprendizado precisa ser identificado, catalogado, amadurecido na alma. A existência de quem vive colecionando aprendizados é sempre mais feliz. Ela tem propósitos, metas, avaliações e resoluções constantemente. A postura de quem realiza tais conquistas, e as identifica, não deve ser a postura exibicionista, vaidosa, não. Essa contabilização é íntima. A comemoração é do coração. Os que estão à volta poderão identificá-la, claro, mas através de nossas ações no bem, de nossa renovação de valores, que faz brilhar a nossa luz com força e segurança para todos os lados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

água viva.

O Evangelho segundo João narra uma intrigante passagem da vida do Cristo. O Mestre Divino, ao passar pela Samaria, assentou-Se junto à fonte de Jacó. Pediu a uma mulher que lá estava que Lhe desse de beber. A samaritana ficou escandalizada por um judeu lhe dirigir a palavra. Jesus respondeu que, se soubesse com quem falava, ela é que Lhe pediria água viva. Ante a incompreensão da interlocutora, ressaltou que quem bebe da água viva nunca mais tem sede. Segundo a narrativa, a mulher ainda demonstrou dúvida a respeito de qual local seria o melhor para adorar a Deus ao que o Cristo lhe respondeu que Deus deve ser adorado em Espírito e Verdade. Essa passagem evangélica é um tanto hermética e comporta várias leituras. Uma delas é que a água viva refere-se a uma nova forma de compreensão da Divindade. Até então, vigorava a idéia de um Deus dos exércitos, que precisava ser temido. Segundo a concepção vigorante, Ele se encolerizava, castigava terrivelmente e devia ser agradado e aplacado. Jesus apresentou ao mundo um Deus amoroso, ao qual chamou Pai. Não se tinha mais um soberano terrível no comando do Universo. Agora já havia um Pai cheio de amor e infinito em Seus cuidados. Essa sagrada emoção do amor Divino possui o condão de repletar as criaturas de paz. As necessidades e agruras materiais passam a ser vistas por outra concepção. Elas não são mais um castigo, mas uma tarefa e uma oportunidade. A Divindade piedosa e cheia de compaixão deseja que o bem se instaure no Cosmo. Ela almeja a transformação de Seus filhos e a salvação de absolutamente todos. Para tanto, faculta-lhes trabalhos e tarefas, a fim de que cresçam, aprendam e se libertem de velhos vícios. Não há mais espaço para disputas religiosas, a partir do instante em que se compreende a proposta Divina para a Humanidade. Não há favoritos e nem perseguidos, mas filhos amados. Todos são irmãos e absolutamente todos se salvarão. A certeza desse maravilhoso amor a aquecer a Criação inteira traz paz e esperança. Não é mais preciso temer o futuro e o destino. Tudo se encaminha para o mais alto bem, ainda que de forma pouco compreensível no imediatismo da vida terrena. O relevante é amar o semelhante e instruir-se na compreensão da vida, a fim de ser um agente do progresso que gradualmente se instaura. Trata-se de uma água viva, plena de fervor e idealismo. Ela propicia o apagar das paixões e o arrefecer do egoísmo. Faz cessar para sempre a sede de sensações. Apresenta um propósito de vida viável e plenificador: ser melhor, mais útil e generoso a cada dia. Pense nisso.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

a verdadeira coragem.

Você saberia definir, com exatidão, o que é coragem? Muitos, talvez, respondam a esta pergunta fazendo referência a atos impulsivos, impensados, e até mesmo violentos que, não raramente, colocam a vida de alguém em risco. Quase sempre esta palavra está associada à impetuosidade e à agressividade nos atos, o que leva os indivíduos a resvalarem na precipitação, incapazes de conter ímpetos de violência sob a desculpa de serem corajosos. Mas, então, qual o real significado desta palavra? Um dicionário renomado da língua brasileira define coragem como a energia moral perante situações difíceis. A coragem verdadeira traz, em si, o equilíbrio como base de todas as decisões, de todos os sentimentos, de todas as atitudes. Dá forças para suportar todas as dificuldades sem derrotismo; mas com o entendimento do que está acontecendo, e, consequentemente, com a possibilidade de buscar a melhor maneira de enfrentar qualquer situação. Quem é corajoso traz em si a serena confiança nas próprias resistências, não se expondo indevidamente, nem se permitindo os sentimentos inferiores de raiva, ou o desejo de vingança. Ter autodisciplina exige coragem. A autodisciplina desenvolve verdadeiros tesouros morais que enriquecem o ser humano. Coragem é conquista conseguida na sucessão das experiências evolutivas, entre variadas dificuldades e sofrimentos, mediante os quais se adquire resistência moral e calma. É a força moral daqueles que, sendo pobres de haveres materiais, perseveram diante das dificuldades com resignação, sem desistir. É a força que impele os idealistas que, com convicção, defendem aquilo em que acreditam, e não forçam outros a neles acreditar. É necessário coragem para que o indivíduo mantenha-se humano, comporte-se de maneira adequada, sofra com dignidade, alegre-se sem exageros. Pais corajosos educam seus filhos com base em valores morais e éticos. Filhos corajosos respeitam e amam seus pais, e não se deixam guiar por modismos ou frivolidades. Famílias corajosas mantêm-se unidas, e seus membros apoiam-se mutuamente nas dificuldades, alegrando-se todos com os sucessos de cada um. O estudante corajoso valoriza o aprendizado; o mestre corajoso não desiste jamais. O cidadão corajoso ama sua pátria e respeita as leis vigentes. O ser humano verdadeiramente corajoso não tem medo de amar. Sim, amar a todos como nosso Mestre Jesus a todos recomendou. Nada igual à coragem de Jesus que nunca abandonou Suas convicções, mas que, em nenhum momento usou de violência moral ou física para fazer com que Nele acreditassem ou que O seguissem! Nada igual à coragem de Jesus que a todos amou, entendeu e perdoou, mesmo nos momentos de maior sofrimento!