
Se a gata anda manhosa, rola no chão, se esfrega em qualquer canto e, principalmente, mia muito. Pode apostar: ela está no cio. Diferentemente dos cães, por exemplo, os felinos não possuem um ciclo regular e podem infernizar a vida dos donos com o miado, emitido quase sempre à noite. Se esse for o caso, a saída pode ser castrar o animal.
— O miado é hormonal, não tem como combater. Muitos donos acham que a gata está doente e ligam preocupados — diz a veterinária Christiane Aguero, da clínica Gatos e Gatos, que dá a dica: — Recomendamos sempre a castração, o que ainda reduz o risco de o animal desenvolver câncer de mama ou uterino.
A veterinária ressalta que o uso de antiprogestágenos, que funcionam como pílulas anticoncepcionais, faz muito mal aos animais.
— O máximo que receitamos é calmante para deixar a gata sonolenta — explica.
A castração, no entanto, só deve ser feita quando o animal não estiver mais manifestando o cio, já que, nesse período, a irrigação dos tecidos está maior, o que pode causar sangramento.
Ainda de acordo com Christiane, depois da cirurgia, a única chance de a gata dar sinais de cio novamente é no caso do ovário não ter sido retirado completamente:
— Nesses casos, é preciso fazer uma nova cirurgia. Castrou acabou o problema.
A castração é indicada antes mesmo do primeiro cio, caso o dono não queira que a gata reproduza. Mas o ideal é que ocorra só depois de cinco meses de idade.